Kierkegaard e as Ciências Naturais: dois fragmentos

Kierkegaard tem uma série de notas, em seus Papirer, sobre as Ciências Naturais. Destacam-se ali dois tipos de críticas: que elas podem ser potencialmente nocivas e degenerativas para as mais profundas atividades do espírito e, em segundo lugar, que a ciência não passa de sofística. Reproduzo abaixo duas deliciosas entradas:   “If the natural sciences… Continue lendo

Uma olhada no CV do Dr. Artur Avila ou Educação e Pesquisa como gente grande

Ontem e hoje, há toda uma comoção, mais do que justificada, pelo recebimento da Medalha Fields – segundo consta, o maior prêmio dado a Matemáticos – pelo pesquisador brasileiro Artur Ávila. De fato, não resta dúvidas sobre a magnitude do prêmio, tampouco sobre como isso é uma conquista a celebrar. Contudo, essa deveria ser a… Continue lendo

“Self” para além da Ontologia: o que a Filosofia ainda teria a oferecer?

Ao esboçar em linhas gerais a história das diversas aproximações ao conceito de Self na filosofia ocidental, Michael Theunissen, em seu Der Begriff Verzweiflung: Korrekturen an Kierkegaard (traduzido em inglês apenas como Kierkegaard's concept of despair (Princeton University Press, 2005), sem a importante parte das “correções a Kierkegaard”), traça três grandes movimentos ou períodos. No… Continue lendo

Ainda sobre Filosofia e Ciência: sobre o quê repousam nossos conhecimentos?

No último dia 31 de maio, a revista Spectator, que dispensa maiores apresentações, publicou um texto excelente do filósofo britânico Roger Scruton sobre nossa inclinação natural para o sagrado. O texto realmente deve ser lido na íntegra e é mais uma mostra de que Scruton é um dos pensadores mais lúcidos e corajosos da atualidade;… Continue lendo

As coisas não mudaram tanto…

Troque “psicólogos” por “cientistas” e você terá a exata descrição de uma posição bastante atual. Com a diferença que ela tem sido defendida, agora, também por parte dos próprios filósofos:   Wilhelm Wundt, the pioneer of experimental psychology who advocated giving chairs of philosophy to psychologists, wrote a Logik that went through five editions in… Continue lendo